Brasil é destaque no contexto mundial de doação de órgãos

Com o slogan “Viver é uma grade conquista. Ajude mais pessoas a serem vencedoras”, a campanha do Ministério da Saúde sobre doação de órgãos procura incentivar e conscientizar as famílias para a da importância do transplante. Em 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos justamente para lembrar que um transplante pode salvar vidas. Diferente de qualquer outra terapêutica médica, o transplante só ocorre com a doação, por isso a importância da participação da população.

No cenário da doação de órgãos e tecidos, o Brasil se destaca no contexto mundial, principalmente por ter o maior sistema público de transplantes do mundo. Segundo o Ministério da Saúde, 95% dos procedimentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda de acordo com a pasta, o país teve o melhor primeiro semestre da história no número de doadores efetivos de órgãos, tanto em números absolutos quanto na taxa por milhão de população (pmp).

 

De acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde, de janeiro a junho deste ano, 4.672 potenciais doadores foram notificados, resultando em 1.338 doadores efetivos de órgãos. O doador potencial é aquele paciente notificado com morte cerebral. Para ele se tornar um doador efetivo, os órgãos passam por uma triagem com o objetivo de analisar a aptidão da doação de órgãos do paciente. Além disso, a legislação prevê que a família decida se vai querer ou não doar os órgãos do familiar.

As doações feitas neste ano possibilitaram a realização de 12,2 mil transplantes, fazendo com que crescessem os procedimentos de órgãos mais complexos como pulmão, coração e medula óssea. Nesse mesmo período, o Brasil alcançou a maior porcentagem de aceitação familiar, que foi de 58%, superando os demais países da América Latina. Na Argentina e no Uruguai esses percentuais são de 51% e 47%, respectivamente.

Nos últimos dez anos, o número de transplantes realizados no Brasil cresceu 63,8%, passando de 14.175 procedimentos em 2004, para 23.226 em 2014. No caso dos doadores efetivos, o Brasil atingiu o percentual de 14,2 doadores por milhão de população (pmp), superando a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2011, que segue os padrões internacionais. O número configura a maior quantidade de doadores efetivos já registrados em apenas um ano no Brasil, com aumento de 43,4%, se comparado com 2010, quando o percentual foi de 9,9 por milhão de população. Em 2014, foram notificados 9.378 potenciais doadores em todo o país, que resultaram em 2.710 doadores efetivos de órgãos.

Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o destaque do resultado se deve ao esforço e ao comprometimento das equipes multiprofissionais envolvidas diretamente no processo de doação e transplante e, principalmente, à solidariedade das famílias brasileiras, responsáveis por autorizar a doação do seu familiar, fator sem o qual os transplantes de doadores falecidos não aconteceriam.

Com a ampliação do acesso, o número de pessoas aguardando por um transplante no país caiu 36% nos últimos quatro anos. Em 2010, 59.728 pessoas estavam na lista nacional de espera e, em 2014, esse número caiu para 38.350. O controle do atendimento aos pacientes é realizado pelas Centrais Estaduais de transplantes, que mantêm em seus cadastros todas as informações sobre compatibilidade e situação de saúde do paciente.

No contexto brasileiro, o estado do Rio de Janeiro tem tido um papel de destaque nos últimos cinco anos, desde a criação do Programa Estadual de Transplantes (PET), em 2010. Em todo o ano de 2010, foram feitas 80 doações. De janeiro a junho deste ano, já foram 220 doações, um aumento de 175%. Segundo o coordenador estadual do programa, Rodrigo Sarlo, o objetivo é alcançar 300 doações ainda este ano. Ele destacou que desde a criação do PET, todos os anos foram marcados por recordes de anos anteriores.

“Ainda existe espaço e necessidade para crescimento e o que a gente começou a traçar este ano foi a sensibilidade da sociedade. A gente tem trabalhado, principalmente no início deste ano de 2015, de uma forma muito intensa para se aproximar da população. A gente passou por uma nova fase para se aproximar da população e criar uma cultura voltada para a doação, de modo que se toda a sociedade contribui de alguma forma, a gente tem um resultado muito maior.”

Dois anos e oito meses após receber um novo fígado, a dona de casa Claudia Ferreira, de 39 anos, moradora de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, disse que nasceu novamente após a operação. Por conta do mal funcionamento do órgão, Claudia teve ascite ou barriga d’água, o que provocou o acúmulo de líquido na região abdominal, assemelhando-se a uma barriga de grávida.

“Em abril de 2012 comecei a sentir os sintomas que normalmente acometem pessoas que apresentam problemas no fígado, muita náusea, uma fraqueza, falta de apetite e então comecei a apresentar um quadro de gravidez porque a barriga começou a crescer e todos achavam que eu estava grávida.” Ela conta que quando foi internada, o quadro já era crítico, “de vida ou morte”. Apesar da gravidade, uma longa cirurgia de mais de oito horas, deu vida novamente a Claudia.

 

Meu pai foi um herói

Aos 12 anos, a cineasta Ana Key Kapaz, agora com 28 anos, recebeu a notícia de que precisaria de um transplante de fígado, após o seu órgão começar a afetar o funcionamento do pulmão. Ela tinha uma colangite esclerosante auto-imune e tomava remédios desde os 7 anos de idade, mas era preciso de um novo fígado. Seu pai, Ronald Kapaz, compatível para a doação, se prontificou a ajudar a filha.

“Meu pai não poderia ser mais importante na minha vida do que já era, e foi literalmente um herói, dando a oportunidade”. A operação deu certo e a jovem ficou um semana e meia internada depois do transplante. Nesse meio tempo, ela fez 13 anos no hospital, que contou com uma pequena festa, com a presença de familiares e amigos.

Para Ana, o pós-operatório foi a pior parte porque ela perdeu muito peso, não conseguia se manter ereta e tinha muita dor. “Tive que me afastar da minha gata de estimação por três meses e conviver com tubos de oxigênio após o transplante. Foi terrível me separar da minha gata e foi muito triste ficar de molho em casa longe dela”.

Retirado de http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-09/brasil-e-destaque-no-contexto-mundial-de-doacao-de-orgaos

Conheça o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME)

O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) foi criado em 1993, em São Paulo, para reunir informações de pessoas dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante. Desde 1998, é coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), no Rio de Janeiro.

Com mais de 3.700 milhões de doadores cadastrados, o REDOME é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo e pertence ao Ministério da Saúde, sendo o maior banco com financiamento exclusivamente público. Anualmente são incluídos mais de 300 mil novos doadores no cadastro do REDOME. O registro americano conta com quase 7,9 milhões e o alemão, com cerca de 6,2 milhões. Ambos foram desenvolvidos e são mantidos com recursos primordialmente privados.

O Centro de Transplantes de Medula Óssea (CEMO/INCA) é responsável pela coordenação técnica e a Fundação do Câncer pela operação do REDOME, conforme publicado na Portaria nº 2.600, de 21 de outubro de 2009, do Ministério da Saúde.

Conheça o REDOME

Doação de órgãos em vida

É permitido fazer a doação em vida dos seguintes orgãos:

  • Pâncreas.
  • Rim.
  • Pulmão (uma parte).
  • Fígado (uma parte).
  • Medula óssea.

Para que isso seja possível, é necessário que:

 

  • Ter parentesco de até quarto grau entre o doador e o receptor.
  • Avaliação médica para analisar se a doação comprometerá a saúde do doador e receptor.
  • Uma autorização judicial.

Ferramenta do Facebook te ajuda a se declarar um doador!

Como você já deve saber, todos nós podemos ser doadores, basta avisar nossos familiares! No entanto, como já dito neste blog, o maior motivo da escassez de  doadores de órgãos é que não nos preocupamos com isso, não gostamos de comentar com os outros sobre a morte e portanto não deixamos os nossos familiares saberem. Pensando nisso, a rede social mais utilizada no Brasil, o Facebook, lançou uma ferramenta onde é possível se declarar doador, divulgando sua escolha para todos os seus amigos e familiares automaticamente. Uma iniciativa parecida já havia sido feita pelo Ministério da Saúde através de um aplicativo ligado também ao facebook. No entanto, agora a ferramenta é nativa da rede social e pode ser utilizada por qualquer um.

Para se declarar um doador no Facebook e deixar todos os seus amigos sabendo disto, é só seguir os seguintes passos:

  1. Entre no seu perfil e no topo da Linha do Tempo, clique em “Acontecimentos”;
  2. Selecione a opção “Saúde e bem-estar”;
  3. No menu que se abre, clique em “Doador de órgãos”;
  4. Preencha os campos com as informações solicitadas e clique em “Salvar”.

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Portanto, se você respondeu na nossa enquete que é um doador e ainda não avisou sua família, agora você tem um bom e simples motivo para mudar sua resposta!

Já pensou em doar sangue?

É simples, rápido e você ainda ajuda muita gente!

Requisitos básicos para doação de sangue

Abaixo estão listados os requisitos básicos e alguns dos principais impedimentos temporários e definitivos para doação de sangue. No entanto, esta lista não esgota os motivos de impedimentos para doação, de forma que outras informações prestadas por você durante a triagem clínica serão consideradas para definir se está apto para doar sangue nesse momento.

Requisitos básicos

  • » Estar em boas condições de saúde.

  • » Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos, clique para ver documentos necessários e formulário de autorização).

  • » Pesar no mínimo 50kg.

  • » Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas).

  • » Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).

  • » Apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social).

Impedimentos temporários

  • » Resfriado: aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas.

  • » Gravidez

  • » 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana.

  • » Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses).

  • » Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.

  • » Tatuagem / maquiagem definitiva nos últimos 12 meses.

  • » Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses.

  • » Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins são estados onde há alta prevalência de malária. Quem esteve nesses estados deve aguardar 12 meses.
    » Qualquer exame endoscópico (endoscopia digestiva alta, colonoscopia, rinoscopia etc); se com biópsia, é necessário avaliação do resultado: por 6 meses a 01 ano.
    » Extração dentária (verificar uso de medicação) ou tratamento de canal (verificar medicação): por 7 dias.
    » Cirurgia odontológica com anestesia geral: por 4 semanas.
    » Acupuntura: se realizada com material descartável: 24 horas; se realizada com laser ou sementes: apto; se realizada com material sem condições de avaliação: aguardar 12 meses.

Impedimentos definitivos

  • » Hepatite após os 11 anos de idade. *

  • » Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas.

  • » Uso de drogas ilícitas injetáveis.

  • » Malária.
  • * Hepatite após o 11º aniversário: Recusa Definitiva; Hepatite B ou C após ou antes dos 10 anos: Recusa definitiva; Hepatite por Medicamento: apto após a cura e avaliado clinicamente; Hepatite viral (A): após os 11 anos de idade, se trouxer o exame do diagnóstico da doença, será avaliado pelo médico da triagem.

Confira outros impedimentos à doação no link “Quem não pode doar”.

Respeitar os intervalos para doação

  • » Homens – 60 dias (máximo de 04 doações nos últimos 12 meses).

  • » Mulheres – 90 dias (máximo de 03 doações nos últimos 12 meses).

Honestidade também salva vidas. Ao doar sangue, seja sincero na entrevista.

Extraído de http://www.prosangue.sp.gov.br/artigos/requisitos_basicos_para_doacao em 11.03.2016 12:13pm